Votação | ||
|
|
4 |
![](https://est.no.comunidades.net/services/recommend/031.gif)
![](https://est.no.comunidades.net/img/ssl/selo-ssl-3.png)
![](https://est.no.comunidades.net/services/visitas/ct3/0.gif)
![](https://est.no.comunidades.net/services/visitas/ct3/4.gif)
![](https://est.no.comunidades.net/services/visitas/ct3/1.gif)
![](https://est.no.comunidades.net/services/visitas/ct3/7.gif)
![](https://est.no.comunidades.net/services/visitas/ct3/4.gif)
![](https://est.no.comunidades.net/services/visitas/ct3/7.gif)
O livro começa com uma tese brilhante: a de que o primeiro nome da rua marcou definitivamente seu caráter. Com efeito, a Rua do Ouvidor foi inicialmente conhecida como a do desvio do mar. Era, na prática, um desvio da Rua Direita (atual Primeiro de Março). A rua, assim, nasceu para o desvio, para o desvio do que é direito — enfim, nasceu para ser o símbolo e a síntese espiritual da cidade (e essa última afirmação já é, naturalmente, um pouco minha).
O relato é meio ficcional, meio histórico. Macedo diz que colheu tradições em “velhos manuscritos” que só poderiam existir na biblioteca de Jorge Luis Borges.
Mas as histórias são curiosíssimas, como a de Aleixo Manuel — morador célebre que por certo tempo deu seu próprio nome à rua. Tendo integrado uma das expedições punitivas contra os tamoios, Aleixo capturou uma índia mestiça, filha de um francês, e se envolveu numa disputa com dois fidalgos raptores de mulheres.
Há o caso do ajudante de sala do vice-rei, que tentou desonrar uma menina e foi confundido com um lobisomem. Há o do marquês do Lavradio e do tenente Amotinado — um dos mais antigos capoeiras do Rio de Janeiro. Segundo Macedo, o marquês andava à noite, disfarçado, sob proteção do capoeira, para seduzir mulheres — até tentar entrar na casa do próprio tenente. Essa história, aliás, lembra muito as de Harun al-Rachid, nas Mil e uma noites.
Há casos ligados à inconfidência mineira e à personagem do Belo Senhor, malandro que foi preso por falsificar um testamento e que fugiu da cadeia falsificando o próprio alvará de soltura. Como se vê, o Rio das Memórias é bem diferente do dos romances.
As Memórias da Rua do Ouvidor foram publicadas por muitas casas editoriais. Os preços, por isso, variam muito. A edição da Ediouro é a mais barata, quase sempre inferior a R$ 10,00. Por R$ 50,00 em média se adquire um exemplar da Companhia Editora Nacional, integrante da famosa e cara coleção Brasiliana. Nesse caso, é melhor comprar todo o Macedo cronista, reunida pela Casa da Palavra em O Rio de Joaquim Manoel de Macedo, que ainda está em catálogo.
baixe o livro em pdf -----> Download
08/10/2017 16:20