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Resumo O rio

Resumo O rio

 

 

 

 

      A   cidade do Rio de Janeiro é uma inconteste referência nacional. Desde a chegada da família real, em 1808, foi o cenário principal da narrativa social urbana, que se estendeu por todo o século XIX, até as primeiras décadas do século XX. Pelo Rio de Janeiro circulavam os principais personagens da época e as repercussões dos interesses políticos, administrativos e econômicos do país. Acrescente a isso a riqueza e variedade do espaço urbano e temos em mãos um vasto material de observação e inspiração para os romances de costumes do século XIX, de onde destacamos o seu principal expoente: Joaquim Manuel de Macedo.

    Autor do clássico A moreninha, Joaquim Manuel de Macedo é o grande pioneiro cronista do Rio de Janeiro. Médico de formação, quase não exerceu a profissão, dedicando-se ao jornalismo e à literatura com notável desenvoltura. Trabalhou na imprensa carioca por três décadas, onde suas crônicas e folhetins publicados alcançaram grande popularidade. O Rio de Joaquim Manuel de Macedo analisa essa produção do escritor como cronista, a partir da reunião inédita de algumas de suas principais obras do gênero, como as memoráveis Um passeio pela cidade do Rio de Janeiro e Memórias da rua do Ouvidor e textos menos conhecidos, publicados em periódicos como Ostensor BrasileiroRevista Guanabara, o próprio Jornal do Commercio, entre outros, criando um representativo conjunto de sua obra.

       O livro apresenta ainda um panorama da imprensa periódica imperial, contextualizando a obra de Macedo no cenário político, social e cultural do Rio de Janeiro Romântico, período em que há um forte desenvolvimento da literatura brasileira dentro e fora dos jornais, e a significativa ampliação do público leitor, um marco para a história literária de todo o país.

      Para a produção da obra, a autora Michelle Strzoda realizou uma extensa pesquisa em todos os periódicos para qual Macedo escreveu. “Este livro não pretende aprofundar-se no Macedo ficcionista, vertente pela qual é mais conhecido nos estudos literários e históricos, mas entender por que esse autor é tão importante para a história da imprensa literária do Rio de Janeiro, da qual é personagem-chave – foi um dos jornalistas-escritores que mais publicou em vida e o primeiro autor consagrado como ‘escritor de folhetins’, redigindo também artigos políticos, contribuindo para diferentes jornais e publicando crônicas”, ressalta Michelle. Além de ter percorrido os principais acervos que contêm textos e trabalhos de e referente a Macedo, a autora garimpou documentos inéditos para o trabalho, como contratos de edição, firmados em meados do século XIX, cartão de visitas do autor, entre outros materiais que denunciam a perspicácia do jornalista-escritor sob o ponto de vista de edição e de marketing editorial.

    Com um texto bastante atual, Joaquim Manuel de Macedo desenhou a cidade de um jeito peculiar, e suas críticas ecoam 200 anos depois. Pode ser considerado, ainda hoje, o maior cronista da Cidade Maravilhosa. Mais do que uma boa leitura, a obra convida o leitor a um passeio pelo Rio de Janeiro do século XIX em boa companhia.

                                                                                     01/10/2017   09:28